O secretário privativo da Receita Federalista Robson Barreirinhas disse, nesta terça-feira (21), que a reforma do imposto de renda é um resgate em obséquio da população brasileira. ![]()
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Ele participou de audiência na Percentagem de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado sobre o PL 1.087/2025 que trata da isenção de cobrança do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 milénio.
O texto foi ratificado de forma unânime na Câmara dos Deputados no dia 1º de outubro e agora é analisado no Senado.
“É importante lembrar que a tábua do Imposto de Renda ficou sem correção de 2015 a 2022, uma defasagem de quase 60% da tábua. Se a tábua do imposto de renda fosse atualizada uma vez que foi no período anterior a 2015, não estaríamos tendo essa discussão da reforma”, disse o secretário.
Segundo Barreirinhas, o governo está fazendo nesse momento uma correção poderoso, mais equilibrada, para as pessoas mais pobres, com a arrecadação dos que ganham mais.
“Não há o que se falar em prejuízo para estados e municípios. Há que se falar em um reequilíbrio da tributação em obséquio da população brasileira. União, estados e municípios são parceiros no imposto de renda”, afirmou.
Atualmente, são isentos do imposto quem ganha até R$ 3.036. O projeto determina que, em 2026, as pessoas que ganham até R$ 5 milénio, terão um desconto mensal de até R$ 312,89, de modo que o imposto devido seja zero. Já quem ganha de R$ 5.000,01 até R$ 7.350,00, o desconto será de R$ 978,62.
Segundo o governo, com a aprovação da proposta, serão beneficiados com a isenção mais de 26,6 milhões de contribuintes, em 2026.
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Para ressarcir a isenção, dos quais dispêndio está estimado será de R$ 25,8 bilhões aos cofres públicos, o projeto prevê a tributação das pessoas com rendimentos supra de R$ 600 milénio por ano, com uma alíquota progressiva de até 10%.
A alíquota máxima incidirá para quem recebe anualmente a partir de R$ 1,2 milhão. Aliás, ela não será aplicada para quem já paga a alíquota sumo do IR, que é de 27,5%.
André Quintal Melo, diretor institucional do Comitê Vernáculo dos Secretários de Herdade dos Estados e do Região Federalista (Comsefaz), também destacou a valia da tributação dos dividendos.
“Essa exceção brasileira termina com esse projeto de forma muito louvável, porque é um país desigual, e é justamente na tributação dos dividendos que é mais fácil exercitar a redução de desigualdades e isso está faltando no nosso sistema tributário. Essa volta da tributação de dividendos é médio nesse projeto”, afirmou Melo.

