Home EconomiaHaddad entrega hoje a Lula projecto contra efeitos do tarifaço dos EUA

Haddad entrega hoje a Lula projecto contra efeitos do tarifaço dos EUA


O texto da medida provisória (MP) com as ações planejadas pelo governo federalista, em resposta ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, contra os produtos com origem no Brasil, será enviado ao Palácio do Planalto pelo Ministério da Quinta ainda nesta quarta-feira (6).

“Será um projecto muito detalhado para iniciar a atender, sobretudo, aqueles que são pequenos e não têm alternativas à exportação para os EUA. A maior preocupação é com o pequeno produtor”, disse o ministro Fernando Haddad ao chegar no ministério.

Haddad também informou que o projecto está pronto. Ele prevê medidas de licença de crédito para as empresas mais impactadas pelo tarifaço; e aumento das compras governamentais.

“Ele está pronto. Ontem nós procuramos entender a encomenda do presidente em relação ao detalhamento. Dissemos para ele que a questão empresa por empresa não precisa evidentemente ser tratada em lei. Pode ser objeto de regulamentação. Provavelmente o ato do presidente será uma medida provisória, para entrar em vigor imediatamente”, acrescentou.

>>Tarifaço sobre secção de exportações brasileiras entra em vigor hoje

Interesse pátrio

De concórdia com o ministro, as medidas focam na garantia da soberania pátrio e da emprego da lei da legislação brasileira pertinente ao caso, disse Haddad ao estimar uma vez que inadmissível a tentativa de interferência do governo norte-americano no Judiciário brasílico.

“O Executivo está zelando pelo interesse pátrio”, disse ao reiterar pedido de uma união pátrio que envolva empresários e governadores da oposição, uma vez que os estados são afetados.

Nesse sentido, o ministro cobrou dos governadores que cumpram as prerrogativas do função, no sentido de tutelar os interesses de seus estados. Para Haddad, o mesmo vale para o empresariado: “Precisam vincular para a oposição e pedir que parem de atrapalhar o país”, afirmou.

“Somos o único país do mundo que tem uma força política interna em Washington trabalhando contra o interesse pátrio. Tem qualquer indiano fazendo isso? Tem qualquer chinês fazendo isso? Tem qualquer russo fazendo isso? Tem qualquer europeu fazendo isso? Não. Temos de botar o dedo nessa ferida de uma vez por todas”, complementou.

Haddad citou uma entrevista recente de Eduardo Bolsonaro, na qual o deputado licenciado ameaço, mais uma vez, os poderes constituídos do Brasil.

“Foi uma entrevista muito poderoso, ameaçando o Congresso Vernáculo”, disse.

“Tem também uma entrevista de um líder da oposição da extrema direita brasileira dizendo que vai fazer o verosímil para continuar atrapalhando o país. Se isso não é a notícia do dia, fica difícil entender para onde nós vamos. O país precisa se unir para tutelar a desculpa pátrio e separar o que é a economia, do que é política”, acrescentou o ministro da Quinta.

Reunião marcada

Haddad informou que a reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, já tem “data e hora fixada”. Será na próxima quarta-feira, dia 13.

“Obviamente, a depender da qualidade da conversa, ela poderá se desdobrar em uma reunião de trabalho presencial, aí com os ânimos já orientados no sentido de um entendimento entre os dois países que, repetimos, têm um relacionamento de 200 anos.

América do Sul

O ministro da Quinta avaliou que até mesmo a taxação inicialmente prevista, de 10%, já seria inadequada para os países da América do Sul, uma vez que a relação desses países com os EUA é deficitária.

“Uma outra coisa que é importante é que nós somos um conjunto econômico. O Brasil não pode ser tratado diferentemente do Paraguai, Uruguai, da Argentina, Bolívia. É um conjunto econômico, assim uma vez que a União Europeia”, argumentou.



Fonte: EBC

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