A sessão da Câmara Municipal de Apucarana desta semana foi marcada por fortes declarações e clima de tensão política. O vereador Lucas Leugi afirmou que o secretário municipal de Agricultura, João, teria revelado uma estratégia da administração municipal para lidar com um caso de assédio sexual envolvendo uma servidora da educação.
Segundo Leugi, o secretário teria declarado que não se pronunciou antes por orientação política, indicando que o silêncio teria sido uma decisão estratégica dentro da gestão.
“Ele me disse que não se pronunciou antes porque era uma estratégia do prefeito”, afirmou Lucas na tribuna.
O vereador ainda relatou uma fala atribuída ao secretário, em tom considerado inadequado e ofensivo, sobre a servidora envolvida. A denúncia repercutiu imediatamente no plenário.
Com tom firme, Lucas afirmou:
“Se eu estiver mentindo, eu renuncio o meu mandato agora.”
O vereador pediu transparência total e convocação imediata do secretário para explicar a situação publicamente.
Vereador Guilherme Livoti confirma trecho da conversa
O vereador Guilherme Livoti usou a palavra para confirmar que esteve presente na reunião mencionada por Lucas e ouviu parte do diálogo.
“Eu ouvi o termo usado. A Câmara precisa esclarecer isso.”
A confirmação aumentou o peso das denúncias e reforçou o pedido por apuração e esclarecimentos.
Secretário tentou impedir vereador de falar
Após o caso vir à tona, o secretário João entrou com uma liminar na Justiça proibindo Lucas Leugi de falar sobre o assunto.
A decisão judicial, na prática, impediria o vereador de abordar o tema no plenário e nas redes.
A Câmara reagiu e entrou com um mandado de segurança, garantindo o direito constitucional do parlamentar de fiscalizar e se pronunciar publicamente.
Com a decisão favorável ao Legislativo, Lucas voltou a poder comentar o caso e fazer cobranças na tribuna.
Presidente da Câmara dá prazo de 24h para afastamento
O presidente da Câmara, Danilo Acioli, também se posicionou e deu um prazo de 24 horas para que o secretário peça afastamento do cargo enquanto o caso é apurado.
Segundo ele, o afastamento é necessário para assegurar transparência:
“O afastamento é o mínimo necessário para garantir a apuração dos fatos com isenção. A população merece respostas.”
Próximos passos
Com o mandado de segurança garantido e o prazo anunciado, a expectativa agora é:
- Que o secretário se pronuncie oficialmente
- Que a convocação para a Câmara seja cumprida
- Que a investigação avance com transparência
A Câmara deverá acompanhar o caso de perto e exigir esclarecimentos formais.


