O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que grupos da extrema-direita dos Estados Unidos e aliados da família Bolsonaro teriam influenciado diretamente o cancelamento de uma reunião com o Tesouro americano, que trataria das tarifas impostas por Donald Trump a produtos brasileiros.
A reunião virtual com Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, estava marcada para o dia 13, mas foi cancelada com a justificativa de “falta de agenda”.
Haddad explicou que, a pedido do presidente Lula, ele retomou o diálogo no dia 20 de julho, com base em uma conversa anterior com Bessent em maio. No entanto, após articulações públicas do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a reunião foi abruptamente desmarcada por e-mail.
“Não há coincidência nesse tipo de coisa”, afirmou Haddad, referindo-se à atuação política da ala bolsonarista.
Haddad também criticou a sugestão do governador Tarcísio de Freitas, que defendeu um contato direto de Lula com Trump. “Quando três ministros não conseguem sequer sentar à mesa para dialogar, imaginar que um telefonema resolve é ingenuidade”, rebateu o ministro.
Como medida emergencial, Haddad irá se reunir com Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin ainda nesta segunda-feira (11), no Palácio do Planalto, para definir um plano de contingência que proteja os setores econômicos brasileiros mais atingidos pela medida americana.
📌 Fonte: esmaelmorais.com.br